Da cantora gospel que apareceu de maneira escandalosa na mídia em 2008 dizendo que havia beijado uma menina e chamando o ex-namorado de gay nas letras do álbum "One of the Boys", Katy agora luta para manter seu espaço na música.
Mas essa luta, às vezes, é tão intensa que chega a ser forçada. Katy, com a melhor das intenções, peca no exagero. É exatamente esse o problema de "Teenage Dream", seu terceiro álbum, o segundo sob o nome Katy Perry (antes ela se chamava Katy Hudson), lançado no dia 30 de agosto no Brasil.
A cantora Katy Perry se apresenta no programa "Today", da NBC |
O primeiro single do disco ("California Gurls", que tem participação do rapper Snoop Dogg) é uma ode às garotas californianas, que segundo Katy "são tão quentes que vão derreter seu picolé". Esse é só um entre dezenas de trocadilhos infames de "Teenage".
Outro que fez a cabeça dos fãs foi o engraçadinho "I wanna see your peacock, cock, cock" (Eu quero ver o seu...), fazendo trocadilho com as palavras "peacock" (pavão) e "cock" (pênis) em inglês.
Sem cerimônia, Katy simplesmente incorporou todos os elementos que a tornaram famosa há dois anos --o escândalo, as roupas de pin-up, as letras sacanas e desbocadas.
Seus fãs, os mesmos que enlouqueceram com "One of the Boys", vale dizer, continuam adorando suas letras. Mas para quem procura um pop um pouco mais "sacado", pode faltar conteúdo.
A produção do álbum também soa exagerada, com um vocal quase robótico. Katy parece incansável na busca pela perfeição. Em "ser aquela pin-up no pôster". "Nós seremos jovens para sempre", anuncia Katy no segundo single do disco, que também recebeu o nome "Teenage Dream".
Mas o sonho vendido por Katy não é eterno. É tão descartável que será esquecido assim que o próximo hit do verão aparecer. Se o que Katy quer é ser memorável, está indo pelo caminho errado.
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